quarta-feira, 22 de junho de 2011

Prêt-à-porter

A expressão Prêt-à-porter vem do francês “prêt” (Pronto) e “à-porter” (para levar), nos termos da moda se traduz por “pronto para vestir” e deriva do inglês “ready to wear” e foi criado pelo estilista francês J.C. Weil, no final de 1949, depois do fim da Segunda Guerra Mundial, em pleno pós-guerra, no auge da democratização da moda surgiu o prêt-à-porter, libertando as confecções da imagem ruim associada ao dia-a-dia, ampliando o campo de ação em todo o mundo e crescendo diante da decadência da alta-costura.
Este novo conceito foi responsável dela difusão da moda e da adequação dos consumidores. O prêt-à-porter revolucionou a produção industrial, pois era possível criar roupas em grandes escalas industriais de melhor qualidade, oferecer uma grande praticidade, além da variedade não só de estilos, mas também de preço e lançar novas tendências. Sendo mais acessível ao público, possuindo a marca e a assinatura do estilista em peças, dando ar de sofisticação, mas sem o tom de exclusividade. Além da acessibilidade surgida com o advento do prêt-à-porter, a globalização tornou a informação mais veloz, e o que é novidade do outro lado do planeta pode chegar até nós em questão de minutos. Em pouco tempo, o que é o último lançamento da alta costura ganha inúmeras clonagens ao redor do mundo. Com o surgimento do prêt-à-porter, a Alta Costura deixou de lançar a moda, e as coleções prêt-à-porter passaram a ditar as tendências. Embora as peças industriais sejam produzidas em série, o prêt-à-porter tem a moda em si, ele uniu a indústria à moda, acrescenta estilo às ruas, ele da um ar mais diferente e criativo às peças básicas. O prêt-à-porter se associou a muitos estilistas agregando valores estéticos aos produtos, compondo consultoria de estilo. Com o estilismo, o vestuário industrial muda tornando-se um produto da moda. Mais do que apenas uma mutação estética, o prêt-à-porter propiciou uma mutação simbólica. Criando um símbolo de alta classe A Grife. A partir disso, as marcas industriais se iniciaram no universo da publicidade. Marcas que deveriam ser intrinsecamente articuladas à assinatura de um estilista para atrair os investimentos publicitários, como algo personalizado com milhares de peças idênticas produzidas nas indústrias, que seriam desejadas por pessoas no mundo todo.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Calvin Klein

CALVIN KLEIN 
 Calvin Klein, 1942. Nasceu em New York.
Fez parte do primeiro time de estilistas que desenharam a moda dos Estados Unidos no século 20. Formou-se no Fashion Institute of Technology, em 1962.
Durante os cinco anos seguintes, trabalhou para diversos confeccionistas especializados em costumes masculinos e casacos, até que em 1968 resolveu abrir seu próprio negócio.
Klein vendia suas roupas em pequenas quantidades para grandes lojas de departamentos, e foi em uma delas, a Bonwit Teller, que recebeu sua primeira grande encomenda: um alto executivo da casa o viu empurrando pelo corredor uma arara de roupas, gostou do que viu e fechou um negócio de US$ 50 mil. A partir daí, ele foi se aperfeiçoando na arte de confeccionar roupas masculinas, especialmente paletós, casacos e blazers. Logo, fazia também roupas para as mulheres.
Seus negócios bilionários incluem, hoje em dia, além de roupas masculinas e femininas de grande classe e atualidade, muito copiadas em todo o mundo, uma vasta linha de acessórios, na qual se destacam, além dos perfumes Eternity e Obsession, outros como Escape e CK OneCasado com uma ex-funcionária, Kelly Rector, eventualmente acusado de consumir drogas e considerado bissexual, em biografias não autorizadas, Calvin Klein define-se como um estilista moderno. Diz ele: "Ser moderno é ter escolha, porque homens e mulheres têm necessidade de opção. É preciso criar alternativas e oportunidades para isso".

Alguns estilistas famosos

ARMANI 
 Armani 1935 nascido em Piacenza Itália estudou na Universidade de Milão, seu primeiro trabalho como estilista foi para homem, com o estilista Nino Cerruti em 1961. Trabalhou para diversos estilistas como Ungaro. Depois criou sua própria empresa com modelos femininos e masculinos com um estilo discreto e modelos bem cortados. Ele é famoso por seus paletós de couro tanto para homem como mulher e também o criador da saia calça.

BALENCIAGA
 Cristóbal Balenciaga nasceu em 1895 na região Basca Espanhola. Foi descoberto aos 12 anos, quando desenhou um vestido para uma marquesa e foi convidado para ser aprendiz em Madri. Aos 20 abriu sua própria casa de alta-costura e aos 52 abriu uma em Paris onde apresentou sua primeira coleção. Balenciaga era habilidoso, desenhava muito bem e sua costura era perfeita com estilo dramático. O auge veio aos 50 anos quando criou o terninho feminino com paletó curto e saia de cintura alta. Aposentou-se em 1968, após criar uniformes para a Air France e volta para a França onde morre em 1972. A marca foi comprada pelo estilista Nicolas Ghesquiére em 1995, em parceria com o grupo Gucci e permanecem até os dias atuais na direção da casa.

BURBERRY
 Tudo começou em 1856 quando Thomas Burberry, então com 21 anos, resolveu abrir uma loja de roupas. Aprendiz de tecelão se preocupava muito com a qualidade de suas peças, que ganharam a confiança dos ingleses e transformaram sua loja em um grande empório em menos de 20 anos. A inovação veio com a criação de um tecido impermeável, respirável e super resistente para dias de chuva, criado em 1880, a gabardine. Os casacos feitos com este tecido foram um sucesso de vendas, até o exército britânico adotou a moda. Tomas criou um modelo primário em 1895 e o trench coat em 1914. Ambos foram vestidos pela primeira vez em guerras. Em 1901 foi criado o logotipo eqüestre da marca, onde a palavra em latim Prorsum (adiante, ou para frente) aparece pela primeira vez junto ao nome da marca. O xadrez Burberry é marca registrada e foi criado por volta de 1920, fazendo às vezes de forro para os casacos modelo trench coat. A empresa foi vendida nos anos 1950 e perdeu um pouco de sua identidade, mas não foi esquecida, ainda aparecia nos guarda-roupas de homens e mulheres de meia idade. Há cerca de 10 anos, decidiram revolucionar a cara da Burberry para rejuvenescer a marca e torná-la mais fashion. Kate Moss foi contratada para a campanha publicitária, novas linhas foram criadas, como a Burberry London, que é o segmento mais conhecido e rentável da Burberry até hoje, sob a direção de Christopher Bailey, que trouxe sua experiência em marcas como Gucci e Donna Karan para revitalizar a Burberry.


Alta-costura: do francês “Haute Couture”

Alta-costura (Haute Couture em francês) refere-se à criação em escala artesanal de modelos exclusivos com bordados exclusivos em pedras e metais preciosos, por altos preços, para clientes abastados. Registros mostram que apenas 800 mulheres possuem criações de alta costura no mundo, dentre elas brasileiras como Elisa Moreira Salles (38 vestidos), Carmen Mayrink Veiga (412 vestidos), SIlvia Amélia Marcondes Ferraz de Waldner (Sem registro) e Beth Lagardère (264 vestidos). Originalmente, o termo foi aplicado ao trabalho realizado pela maison de Charles Frederick Worth, um inglês que produziu em Paris, em 1858, o primeiro desfile de moda conhecido (e, além disso, usando modelos, em vez de cabides, outra novidade na época). Na França moderna, haute couture tornou-se uma denominação que goza de proteção jurídica e que só pode ser usada por empresas que atendam a determinados padrões bem-definidos. Todavia, o termo também é usado para descrever toda a produção dos grandes costureiros, seja ela produzida em Paris ou em outras capitais da moda, tais como Milão, Tóquio, Nova York, Roma e Londres.

Glossário da Moda

Saiba quem são as maiores personalidades que fazem parte dessa história
Por: Naila Maia
Foto: Divulgação / Sergio Giannotti / Rodrigo Braga


No mundo encantado do glamour, reinam as grifes centenárias que lançam tendências, despertam desejos e enlouquecem seus amantes. Aqui, um bê-á-bá sobre quem está por trás desse principado fashion. Para acompanhar a leitura, leia antes um mini glossário:

Glossário
SobretudoTrench Coat Burberry Divulgação- Alta-costura: do francês “Haute Couture”, onde couture quer dizer trabalho com agulha ou costura. É o estilismo executado na mais alta qualidade, seguindo as regras da Câmara Sindical da Alta-Costura.

- Prêt-à-porter: nome francês do estilo “ready-to-wear”, em português; pronto para vestir. Isto quer dizer, são roupas que já são vendidas prontas, como estamos acostumados a comprar hoje em dia.

- Maison: também importada do dicionário francês, quer dizer casa.

- Croqui: são os desenhos que os estilistas fazem das roupas e acessórios que serão desenvolvidos nas coleções.

- Trench coat: no sentido mais literal da coisa, o Trench Coat, também conhecido como Raincoat em alguns países, é um casaco para os dias de chuva e frio.

Foto: Divulgação